Tríscele Web e Museologia

DIGITALIZAÇÃO DE ACERVOS MUSEOLÓGICOS

Apresentação

A Casa da Memória de Florianópolis, por meio do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura[1], em 2014, foi selecionada e premiada com o Projeto Memória Digital, cujo objetivo consistia na salvaguarda dos áudios de fitas de rolo ¼ de polegada, realizando a digitalização desses acervos e a transferência de mídias para suportes atuais, assim como a realização de tratamento e identificação de seus conteúdos, estando, tais procedimentos, submetidos à responsabilidade técnica do museólogo.

Preocupada com a preservação dos áudios, buscando manter seu compromisso social, de ser o ponto de conexão da memória e história da antiga Florianópolis, e reconhecendo a importância no caráter histórico, social, político e cultural de seus conteúdos, a Casa da Memória iniciou o processo de digitalização desse acervo, e escolheu a empresa Tríscele para este trabalho, sob a responsabilidade técnica do museólogo Jonei Eger Bauer. As atividades desenvolvidas incluíram, além da digitalização de 1.227 fitas de rolo ¼ de polegada, a identificação de conteúdo das mesmas.

No ano de 2003, a Casa da Memória recebeu em doação acervos que pertenciam ao poeta e compositor Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, personalidade popular de Florianópolis e autor de Rancho de Amor à Ilha, canção que em 1965 foi vencedora no Festival da Canção Popular de Florianópolis, em 1965; sua letra se popularizou entre os manezinhos[2] e mais tarde, em 1968, por meio da Lei nº 871, foi instituída como o Hino Oficial de Florianópolis.

O acervo da Coleção Zininho, composto por acervos fonográficos em sua maioria, possui uma coleção de 1.362 fitas de rolo de ¼ de polegadas com conteúdo supostamente relacionado à rádio dramaturgia das décadas de 40 a 70, além de ser o registro da própria história da música, da publicidade, da radionovela, do rádio jornalismo e da política, entre outros temas relacionados à história cultural local. Ao viabilizar um projeto de salvaguarda desse acervo, a Casa da Memória mantém o compromisso social de ser um elo entre a memória e a história, antiga e atual de Florianópolis, preocupando-se com a manutenção dos objetos por ela salvaguardados. A digitalização da Coleção Zininho também intenta por um acesso mais democrático desses acervos, no que diz respeito a sua extroversão junto à comunidade.

Diagnóstico Preliminar: Adoção de Convenções e Identificação do Acervo

Para o início das atividades técnicas junto ao acervo da Coleção Zininho foram adotadas pelas equipe de trabalho algumas convenções. Moro (1986) define por convenção o conjunto de regras estabelecidas como base para a interpretação de um acervo, dentro de um sistema de documentação, sendo portando indispensável para o desempenho de toda a proposta. Através dessas convenções são definidos não apenas limites e interpretações, mas também as propostas metodológicas que serão adotadas. As convenções são, portanto, essenciais em todo o processo de decodificação do acervo museológico.

A Casa da Memória, para sua organização, possui um número atribuído a cada fita de rolo ¼ de polegada, em nível de controle quantitativo, afixada somente na sua embalagem, sem outras informações no que diz respeito ao conteúdo delas. Dessa forma, o primeiro passo da equipe em relação ao trabalho com o acervo e o suporte foi compreender o modo de numeração que a Casa da Memória adotou para a classificação e controle da Coleção Zininho. Nesse momento constatou-se que a numeração utilizada pela Casa da Memória não seguia uma continuidade, além de conter duplicadas de numerações, ou seja, dois suportes com a mesma numeração. Diante disso, a equipe decidiu por criar uma numeração própria, que pudesse suprir a necessidade de identificar, classificar, controlar e padronizar as informações, como sinaliza Padilha (2014). Por conseguinte a empresa criou uma Tabela de Checagem de Acervo, onde adotou uma nova numeração provisória, com a finalidade de se controlar e se localizar as 1.362 fitas de rolo ¼ de polegada da Coleção[3].

A Tabela de Checagem de Acervo, passa a ser uma das primeiras convenções para a Documentação Museológica, permitindo o controle e a identificação dos acervos do museu; por meio do seu preenchimento que são levantados os primeiros dados, a saber, a contagem dos objetos e um reconhecimento detalhado do acervo, além de contribuir para a sua segurança. Ao mesmo tempo, é um sistema inicial para a recuperação de informação, transformando as coleções dos museus em fontes de informação e de pesquisa ou em instrumentos de transmissão de conhecimento.

Resultados obtidos na Tabela de Checagem de Acervo. Desenvolvida por Tríscele

Quanto aos primeiros resultados, a Tabela de Checagem do Acervo evidenciou que a ausência de uma documentação museológica pode prejudicar e até mesmo fragilizar os trabalhos junto ao acervo de uma instituição, à medida que se desconheça o número total de objetos por ela salvaguardados. A Casa de Memória, possuía 1.371 caixas/embalagens de fitas de rolo ¼ de polegada, ou seja, 171 unidades além do mensurado e que não estavam contempladas no Projeto Memória Digital. Observou-se também que nove dessas caixas encontravam-se vazias. Nesse sentido, a coleção de fitas de rolo ¼ de polegada do Acervo Zininho é composta por 1.362 objetos e o diagnóstico preliminar seguiu o critério de digitalizar um total de 1.200 fitas de rolo ¼ de polegada, conforme previa o supracitado projeto.

O Estado de Conservação do Acervo Zininho

A Coleção Zininho foi, então, abordada a partir do seu contexto primário, entendendo suas características físicas e estado de conservação. Considerando que este acervo, em si, diz respeito ao conteúdo sonoro e que as 1.362 fitas de rolo ¼ de polegada seriam o seu suporte, ou seja, trata-se de uma mídia de armazenamento não-volátil que consiste em uma fita plástica coberta de material magnetizável[4]. Essas fitas podem ser utilizadas para registro de informações analógicas ou digitais, incluindo áudio, vídeo e dados de computador e que com os cuidados devidos, a expectativa de vida de uma fita pode alcançar três décadas, frequentemente ultrapassando a própria obsolescência de sua tecnologia.

A fita magnética foi utilizada pela primeira vez, em 1928, por Fritz Pfleumer, na Alemanha, após ele ter desenvolvido um processo para colocar faixas de metal em papéis de cigarro. Por meio de seus experimentos Pfleumer também fundamentou que poderia revestir uma fita magnética (óxido de zinco mais laca sobre papel fino) para ser usada como uma alternativa à gravação de áudios. A possibilidade de se gravar e se reproduzir som começou a se difundir, popularizando-se a partir da década seguinte. O formato mais antigo das fitas são os rolos, sucedidos pelos cartuchos (1958) e cassetes (1963) e requerem cuidados específicos para a sua conservação.

Questões relacionadas a durabilidade e confiabilidade da fita magnética estão condicionadas à saúde de todos os seus componentes. Em sua grande maioria, as fitas magnéticas têm em sua composição uma base de polímero (poliéster) onde são fixados os pigmentos magnéticos (óxidos metálicos). É na camada magnética que ocorre o processo de gravação; o poliéster serve como camada de base e a umidade atmosférica provoca nesse polímero uma reação conhecida como ‘hidrólise’, deteriorando suas propriedades. A fita atacada por hidrólise pode apresentar separação entre as camadas de gravação e de base, ou ainda a ‘síndrome da fita grudenta’ em que a superfície magnética se torna pegajosa e adere à cabeça de leitura/gravação, por vezes impedindo completamente a recuperação dos dados. A liga metálica das fitas de rolo são susceptíveis às ações de degradação, tais como a poluição e a umidade atmosférica; os procedimentos corretos para manipulação e armazenamento delas são essenciais para garantir sua longevidade. Basicamente, as fitas devem ser armazenadas em condições de baixa temperatura e umidade relativa do ar, longe de poluição, poeira, tabaco e gases corrosivos. Elas devem ser protegidas da exposição acidental a campos magnéticos fortes, como detectores de metais, autofalantes, motores elétricos, etc. As fitas devem ser sempre armazenadas em posição horizontal, de forma que com o tempo, o rolo não se apoie sobre um dos lados do carretel, danificando a borda da fita quando esta for desenrolada. Algumas fitas precisam ter seus rolos retensionados periodicamente, após longos períodos sem uso, o que é feito rebobinando-os em velocidades controladas. As fitas não devem sofrer quedas ou choques violentos, nem grandes variações de temperatura, e somente devem ser manipuladas por usuários treinados, em ambientes limpos. Para que as mídias não sejam danificadas durante a operação, os dispositivos de leitura/gravação devem estar sempre cuidadosamente limpos e regulados, especialmente os rolos tensores, os guias da fita e a cabeça de leitura/gravação.

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Durante o processo de digitalização do acervo da Coleção Zininho foram estabelecidos três níveis de características do estado de conservação, a saber: ‘N1 – Bom’, para as fitas de rolo ¼ de polegada que não possuíam ou possuem pouco processo de degradação, sendo possível a sua estabilização; ‘N2 – Regular’, aquelas que possuem maiores processos de degradação como fungos, oxidação e dobras, mas que foram possíveis de serem digitalizadas; ‘N3 – Ruim’, para as fitas de rolo ¼ de polegada que apresentaram perda total do suporte (desprendimento da camada magnética) e que não puderam ter o seu conteúdo digitalizado, ocasionando a perda total da informação.

Nível de Degradação de Acervo – critérios para a sua determinação. Desenvolvida por Tríscele

O Diagnóstico Preliminar também observou questões técnicas quanto ao armazenamento dessas fitas de rolo ¼ de polegada. Desde o ano de doação, há mais de uma década, essa coleção estava acondicionada na Reserva Técnica da Casa da Memória, recebendo o mínimo de procedimentos técnicos adaptados à realidade da instituição, tais como, organização em estantes e mapotecas, higienização e o controle de ambiência (temperatura, umidade e incidência de luz). Para tanto, algumas observações foram importantes para se determinar alguns direcionamentos quanto às condições ideais de ambiência (aspectos climáticos) para um acervo dessa tipologia

Arqueologia digital em questão: o refrescamento, a transferência e a migração da Coleção Zininho

A digitalização é o processo pelo qual uma imagem ou sinal analógico é transformado em código digital; trata-se de uma técnica de replicabilidade e de reformatação do conteúdo, facilitando o seu acesso e a sua preservação. A digitalização se dá por meio de equipamento e software específicos.

No processo de digitalização das  fitas de rolo ¼ de polegada da Coleção Zininho foram utilizados equipamentos (stereo tape deck) para a sua reprodução e computadores com programas para a captação, o tratamento e a edição dos conteúdos. Nesse sentido, a digitalização passa a ser compreendida como uma ação preservacionista, dada também pelo efeito de obsolescência e de degradação dessas mídias, visto que, a evolução das tecnologias proporciona a utilização de suportes mais modernos.

Máquina Stereo tape deck (AKAI) e computador. Fonte: Tríscele WEB e Museologia. 2016

A passagem de mídias de um formato para outro, sem que haja alteração de seus conteúdos, é denominada por refrescamento. No entanto, o refrescamento só resolve o problema de preservação dos dados. Mudanças tecnológicas mais profundas exigem a migração dos dados para os formatos suportados pelos novos softwares.

Os arquivos de áudio da Coleção Zininho passaram pelo refrescamento dos seus dados, ou seja, suas informações foram transpostas do formato analógico para o digital WAV (Waveform Audio Format), cujo formato é utilizado como padrão para o armazenamento de áudio em computadores, visto que, não há perda de qualidade, nem ocorre a compressão.  Por conseguinte, os arquivos que se originaram desse processo de refrescamento passaram pelo processo de transferência, ou seja, mantiveram o mesmo padrão do formato digital WAV, sendo tratados tecnicamente alguns aspectos como a redução de seus ruídos, o ajuste de velocidade, a supressão de espaços sem gravações, as correções de áudios prejudicados pelas emendas das fitas, entre outros. Ao final dessa etapa originaram-se arquivos replicados (duplicados) denominados por arquivo.WAV e arquivo.WAV-editado.

A última etapa da digitalização dos acervos da Coleção Zininho consistiu na migração dos seus arquivos, do formato WAV para o MP3 (MPEG Audio Layer-3), um formato mais popular, leve e compatível com a maioria de softwares e players de mídia. No processo de migração também ocorreu a compressão dos áudios, permitindo que os arquivos ficassem menores, com perdas quase imperceptíveis ao ouvido humano.

Etapas da Digitalização: refrescamento, transferência e migração. Desenvolvido por Tríscele

No processo de digitalização, as etapas de refrescamento, transferência e migração são medidas preventivas de conservação da informação digital. Quando as mídias originais já se degradaram além da legibilidade em seus dispositivos originais, ou a tecnologia de interpretação dos arquivos já foi há muito esquecida é necessário a adoção de medidas corretivas para preservar, tanto quanto possível, os registros digitais remanescentes. Esse esforço, numa analogia à delicadeza dos seus métodos — e à imprevisibilidade dos seus resultados — é chamado de arqueologia digital.

Identificação de áudios e preenchimento de informações em banco de dados

Conforme aponta Ferrez (1994) em relação ao sistema de documentação museológica eficiente, para além da compreensão de que a documentação museológica vai adiante de um amontoado de informações de cada objeto, ela abrange inúmeras informações que constroem um todo coerente e unitário, em relação à leitura de sua informação e que atende as necessidades informacionais do objeto, do museu e do pesquisador, para tanto, a coleta e inserção de dados deve ser feita de forma clara e exata. Deve-se ter conhecimento do acervo e de suas necessidades de informação para que se consiga definir os campos de informações mais relevantes que irão compor o sistema de informação do acervo. O controle da terminologia mostra-se algo vital à inserção da informação, pois de nada adianta ter catalogado 15 pipas, 20 papagaios e 97 pandorgas, são terminologias variadas que se remetem ao mesmo objeto e claro, a padronização e unicidade de informações.

A Ficha de Identificação de Acervos  passou a ser o documento primário de inserção de informações sobre a Coleção Zininho, como maneira de se obter o maior controle e conhecimento da informação da Casa da Memória, em relação à coleção.

Unindo, dessa forma, as necessidades de registros de informações, apresentadas pelo acervo, com o objetivo, especificado no contrato da Casa da Memória para com a Tríscele, da identificação de conteúdos das fitas digitalizadas[5], que a equipe da empresa desenvolve o software da Ficha de Identificação de Acervos.

Tabela de Identificação de Conteúdos. Desenvolvida por Tríscele

Pensando na segurança da informação, no rápido acesso, busca e recuperação da informação que a Tríscele optou por desenvolver um software (SYLLOGE) que conseguisse englobar as necessidades informacionais do acervo.

Mas por que criar um banco de dados? São duas as principais razões, a primeira refere-se ao software e a inserção de informações e a segunda remete ao uso das informações. Tratando-se da primeira, a Ficha de Identificação encontra-se alocada no servidor da Tríscele. Para acessá-la é necessário que o usuário esteja cadastrado no sistema, tenha senha e autorização para inserção de informações no documento. Dessa forma, toda e qualquer modificação e /ou inserção de informação pode ser visualizada e controlada de forma on-line. Em relação à segurança da informação, uma vez as informações inscritas na Ficha de Identificação de Acervos, são realizados backups automáticos em determinados horários do dia, assegurando a manutenção e perda mínima da informação – caso ocorra algum sinistro. A segunda razão entende que pensando no potencial do acervo, na preservação e difusão das informações como um todo, pois o banco de dados, além de registrar e salvaguardar, é o passo inicial para que o acervo esteja mais acessível a pesquisas, facilita o diálogo e cruzamento de fontes/informações e garante, de forma mínima a segurança tanto em relação ao pesquisador quanto ao acervo propriamente dito.

Referindo-se às especificações de conteúdo de cada campo, e preocupados com a padronização de informações e vocabulário controlado, a equipe que criou o Manual de Preenchimento da Ficha de Identificação de Acervos, onde estabelece e indica as informações referentes a cada campo da Ficha, assim como recomenda Moro (1986).

A presente ficha é dividida em duas partes, sendo elas:

Sobre os campos, mais especificamente, do macro campo 1 – suporte, são inseridas as seguintes informações:

Sobre os campos, mais especificamente, do macro campo 2 – conteúdo, são inseridas as seguintes informações:

Resultados

Com base nos diagnósticos e levantamentos realizados durante o processo de digitalização das fitas de rolo ¼ de polegadas, constatou-se um excedente de 162 fitas de rolo ¼ de polegadas. Ou seja, foram encontradas 1.362 fitas de rolo ¼ de polegadas, sendo que destas, 1.228 passaram pelo processo de limpeza, higienização, tratamento digital, velocidade, volume, afinação, equalização, limpeza de ruídos e gravação para a mídia MP3, também sendo ouvidas e tendo suas informações inseridas no software de catalogação Sylloge, criado pela Tríscele.

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A partir das informações inseridas no Sylloge, a empresa gerou um documento denominado “Identificação de conteúdos”, onde se encontram discriminados todos os áudios identificados (totalizando 1.227 fitas), com seus respectivos conteúdos, estado de conservação do suporte e dos áudios. Dessa forma, a Casa da Memória terá posse de seu acervo em mídia MP3 e armazenamento em HD externo. Numa versão impressa possuirá o registro do conteúdo de seu acervo, facilitando a busca para pesquisas futuras.

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PROJETO MEMÓRIA DIGITAL NA MÍDIA

Portal de Notícias G1 (Rede Globo) – 1,200 Fitas com Áudios Gravados por Zininho serão Digitalizadas em SC

Jornal Notícias do Dia (Grupo RIC/Record) Digitalização de Fitas Doadas a Florianópolis por Zininho Permite Resgate da Memória do Rádio

Caderno Plural (Grupo RIC/Record) Digitalizado, Rico Acervo Fonográfico de Zininho está Dísponível para Consulta

Jornal de Santa Catarina – Som do passado: acervo fonográfico de Zininho poderá ser consultado na Casa da Memória de Florianópolis

Prefeitura de Florianópolis – Casa da Memória digitaliza seu acervo fonográfico

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Notas de fim:

[1] O Edital Elisabete Anderle de Apoio às Artes e à Cultura do Estado de Santa Catarina faz parte do programa de seleção pública de projetos artísticos e culturais, promovido pela Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, através da Fundação Catarinense de Cultura e do Conselho Estadual de Cultura. Fonte: www.fcc.sc.gov.br acessado em 16 de agosto de 2016.

[2] Termo popular de identificação dos nativos de Florianópolis, capital de Santa Catarina.

[3]O processo de digitalização das fitas de rolo ¼ de polegada iniciou-se após o levantamento inicial do acervo. Para tanto, foi elaborado o documento de Termo de Retirada  e Termo de Devolução de fitas da Casa da Memória, pois o processo de digitalização realizou-se na empresa Tríscele WEB e Museologia, o documento Considerações sobre a Digitalização do Acervo de Áudio (ver anexo 03) justifica o motivo.

[4] Uma mídia de armazenamento não-volátil consiste num suporte, onde uma vez gravadas as informações, os dados não são perdidos ao se retirar a sua fonte de energia. Outro exemplo de mídia de armazenamento não-volátil é o disco rígido do computador, uma vez que, quando os dados são gravados, não serão apagados, ou alterados quando se desliga o computador, ou por uma queda de energia. Podemos citar, ainda, a memória flash e os discos óticos, além de meios não utilizados atualmente como cartões perfurados.

[5] O objetivo principal para a criação de uma Ficha de Identificação de Acervos prezava pelo maior conhecimento do conteúdo real de cada áudio, assim como facilitar, posteriormente, no acesso e divulgação da informação para devidos fins.

[6] A equipe renumerou os suportes e áudios buscando o maior controle quantitativo dos áudios e padronização da informação, visto que a numeração utilizada pela Casa da Memória de Florianópolis demonstrava duplicadas de numeração e numerações faltantes.

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Bibliografia:

BAUER, J. E. A Construção de um Discurso Expográfico: Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner. 2014. 116 f. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

FERREZ, H. D. Documentação Museológica: Teoria Para Uma Boa Prática. Cadernos de Ensaios n. 2, Estudos de Museologia. Rio de Janeiro: MINC / IPHAN / Museu Nacional de Belas Artes, p. 64-74, 1994

GOULART, S. V. G. Dados climáticos para avaliação de desempenho térmico de edificações em Florianópolis. 1993. 124 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1993.

MENSCH, Peter van. Museology and the object as data carrier. In: Object, museum, Museology, an eternal triangle. Leiden: Reinwardt Academy. Reinwardt Cahiers, 1987.

MORO, F. C. Museu: aquisição e documentação. Rio de Janeiro: Livraria Cultura, 1986.

TEIXEIRA, L. C.; GHIZONI, V. R. Conservação preventiva de acervos. Florianópolis: FCC, 2012.

PADILHA, R. C. Documentação museológica e gestão de acervo. Florianópolis, FCC. 2014.

VALLE JUNIOR, E. A. Sistemas de Informação Multimídia na Preservação de Acervos Permanentes. 2003. 128 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós-graduacao em Ciência da Computação, Departamento de Ciência da Computação, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.