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Patrimônio Industrial Catarinense

“O que antes era um lugar de trabalho se transforma, também, num lugar de memória.”

A Arqueologia Industrial faz uso dos espaços fabris, ressignificando-os, pois dentro de algum tempo, a estrutura produtiva que nós ainda conhecemos, fará parte do mundo que nós perdemos. Consequentemente, se não preservarmos alguns desses vestígios, perderemos esse referencial.

No caso do Patrimônio Industrial podemos afirmar que esse surge quando os métodos tradicionais de trabalho industrial foram sendo substituídos pelo desenvolvimento de tecnologias avançadas que logo lançaram à categoria de obsoletos os prédios, máquinas, formas e processos de produção industrial remanescentes, em sua maior parte, de tecnologias surgidas no século XIX ou primeiras décadas do século XX.

Conceito de Patrimônio Industrial

O conceito de Patrimônio Industrial é apresentado na Carta de Nizhny Tagil (2003), em que tal patrimônio (…) compreende os vestígios da cultura industrial que possuem valor histórico, tecnológico, social, arquitetônico ou científico. Estes vestígios englobam edifícios e maquinaria, oficinas, fábricas, minas e locais de processamento e de refinação, entrepostos e armazéns, centros de produção, transmissão e utilização de energia, meios de transporte e todas as suas estruturas e infra-estruturas, assim como os locais onde se desenvolveram atividades sociais relacionadas com a indústria, tais como habitações, locais de culto ou de educação.

Patrimônio Industrial da WEG S.A de Jaraguá do Sul. Processo de colocação das bobinas de fios de cobre em um motor elétrico. Acervo: Museu WEG de Ciência e Tecnologia.

Nesse sentido, o Patrimônio Industrial está ligado aos conceitos de Transmissão e de Familiaridade.

TRANSMISSÃO DO PASSADO AO PRESENTE E DESTE AO FUTURO. E, COMO É SABIDO, UM PATRIMÔNIO QUE NÃO FRUTIFICA – OU, NO CASO, SE NÃO FOR SALVAGUARDADO E PROTEGIDO ESTÁ CONDENADO AO DESAPARECIMENTO.

FAMILIARIDADE UMA HERANÇA QUE SE TORNA NOSSA, MAS QUE É PRECISO CONHECER PARA, CONSCIENTEMENTE, DELA NOS APROPRIARMOS, PARA PODERMOS VALORIZÁ-LA CULTURALMENTE E NELA SE IDENTIFICAR.

Memória das Grandes Indústrias

A importância de preservar a memória e história está cada vez mais presente em instituições públicas e privadas, surgindo a necessidade da criação de espaços que os representem e preservem. As instituições e os processos museológicos voltados para o trabalho com patrimônio cultural e território, que visam ao desenvolvimento cultural e socioeconômico e à participação das comunidades, estão enquadradas de acordo com o estabelecido no Estatuto de Museus, Lei 11.904, e em seu decreto regulatório, Decreto 8.124.

Nas últimas décadas surgiram museus institucionais, privados, criados para valorizar a memória das grandes indústrias catarinense. É o exemplo do Museu Wolfgang Weege, no Parque Malwee, em Jaraguá do Sul (1988) e do Museu Hering, em Blumenau (2010), que enfatizam a trajetória dessas indústrias têxteis. Outro exemplo é o Museu WEG, em Jaraguá do Sul (2003)43, que promove a valorização da imagem institucional e a preservação da sua memória, uma das maiores fabricantes de eletromotores do mundo. (BAUER, 2014, p.51)

A Tríscele atua em projetos de Consultoria e Assessoria Museológica para a Criação e Implantação de Museus Industriais. Somos uma empresa catarinense de referência entre as empresas catarinenses, prestando consultorias para a criação, a implantação e a assessoria museológica da TIGRE TUBOS E CONEXÕES S.A. (Joinville), da ZEN S.A. (Brusque), da WEG S.A., de Jaraguá do Sul, da REFRIGERANTES PUREZA (Rancho Queimado), entre outras.

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Projeto Museológico para o Museu Tigre – um mundo melhor está em obra. A Tríscele tem desenvolvido assessoria para a Tigre Tubos e Conexões S.A., de Joinville, para a salvaguarda do seu patrimônio industrial.

[i] TICCIH. Carta de Nizhny Tagil sobre o Patrimônio Industrial. Nizhny Tagil, 2003.

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Referência:

BAUER, Jonei Eger. A Construção de um Discurso Expográfico: Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner.UFSC: Florianópolis, SC, 2014. 117 p.