A cultura digital já é uma realidade e ela revoluciona o modo como acessamos, criamos e consumimos conteúdo. Para os museus, a revolução digital também é uma realidade e tem modificado o próprio vocabulário dessas instituições. A inserção das tecnologias levou os museus a uma autocrítica e autorreflexão. Hoje os museus promovem o compartilhamento de coleções e espaços, a criação de conexões com seus usuários, mesmo com aqueles que antes pareciam mais distantes.
O Museu do Futuro Compartilha Seus Conteúdos
Compartilhar significa oportunidade de crescimento e representa uma ferramenta de marketing indireto, útil para ampliar os usuários do museu do futuro. Uma vez que a centralidade do público é cada vez mais importante, o tipo de experiência que os museus podem propor aos seus visitantes, no local e on-line, torna-se o fator mais importante dentre as suas atividades culturais. O vasto conhecimento de seu público é o elemento essencial para melhor satisfazer a demanda por conteúdos culturais que podem ser desfrutados através da experiência, onde o fator cognitivo se combina com o emocional.
O Museu do Futuro é Participativo
Os usuários, por sua vez, serão atraídos pelas habilidades dos museus de contar histórias que eles possam ter empatia, apresentado com um ponto de vista íntimo e autêntico, capaz de afetar as pessoas não apenas pelo pensamento, mas também através das emoções. Aí vem a segunda palavra: contar histórias, o meio pelo qual o aprendizado moderno é apresentado hoje. Como o objetivo é facilitar uma nova maneira de criar um envolvimento de longo prazo no público, o museu do futuro irá optar por uma mistura virtuosa de narrativa direta (o museu narra a si mesmo) e narrativa indireta (os visitantes narram o museu), em favor de uma narrativa participativa. Indivíduos, tanto o público quanto sua equipe, são encorajados a criar suas próprias histórias e conexões com o próprio museu e a história que ele representa.
O Museu do Futuro é Cooperativo
Ao mesmo tempo, a fim de ajudar a sociedade a se orientar nas inúmeras informações científicas e pseudocientíficas em que estamos imersos diariamente, os museus de hoje são esperados para atender as necessidades reais da sociedade: construir pontes entre várias disciplinas e tipos de conhecimento. Por um lado, os cidadãos são receptores de informação; por outro, são protagonistas dos processos de produção de conteúdos culturais, graças a novas formas de interação, serviços e metodologias de aprendizagem.
O museu do futuro será, portanto, mais cooperativo; criado com as pessoas. É cada vez mais um trabalho coletivo, no modelo de como se constroem e se disseminam as informações na internet: fomentadas e promovidas por cidadãos locais e científicos. É assim que o valor social dos museus cria identificação com as comunidades. É assim que os museus se tornam lugares para visitar desde cedo, na vida cotidiana, inseridos num ecossistema cultural; os museus são parte de um todo, como cinemas, parques e supermercados.
O Museu do Futuro é Emocional
O museu do futuro não se trata de não um templo dedicado ao passado, mas sim, uma instituição viva que olha para o futuro, capaz de estimular a participação e a criatividade de seus usuários, em todos os níveis. O objetivo do museu deve estar se tornando importante para a sociedade, sendo um lugar inspirador, onde a produção de novos significados é estimulada. A vantagem será total: do indivíduo e de toda a comunidade.
Em suma, o museu do futuro será mais emocional; as pessoas poderão se conectar com o museu de maneiras diferentes, e os aspectos físicos e dimensões digitais serão cada vez mais interligados, sendo dois lados de uma mesma moeda, tanto para os usuários quanto para os funcionários e profissionais de museus.